Beber café evita problemas cardíacos e aumenta longevidade, diz estudo

Os benefícios do café não param de ser comprovados constantemente. Dessa vez, um estudo publicado pela revista Nature Medicine mostrou que o consumo de café pode evitar doenças cardíacas e aumentar a longevidade.

 

O estudo realizado na faculdade de medicina de Stanford, nos Estados Unidos, constatou uma relação entre o consumo periódico de café e o controle de processos inflamatórios, especialmente entre os mais velhos.

 

O estudo

 

A pesquisa avaliou amostras de sangue de 100 voluntários de todas as idades com intuito de identificar quais genes eram ativos entre os mais idosos.

 

Foram encontrados trechos de DNA responsáveis por uma proteína relacionada com os processos inflamatórios, que tendiam a ficar mais ativos com o avanço da idade.

 

Quanto mais ativos, maior a probabilidade de seus portadores terem doenças que envolvem processos inflamatórios.

 

O estudo constatou também que isso não se aplicava para todos: aqueles que consumiam mais cafeína estavam mais protegidos contra um estado crônico de inflamação.

 

“As pessoas mais velhas tendem a ter mais atividade em vários genes relacionados à inflamação, quando comparadas a grupos de pessoas mais jovens”, disse o coordenador do estudo, David Furman.

 

A inflamação em si não é um problema, pois essa é uma função importante no sistema imunológico. Ela ocorre para combater infecções provocadas por vírus e bactérias e também para eliminar compostos resultantes de processos degenerativos internos normais, mas que podem ter efeitos tóxicos.

 

Um organismo mais jovem consegue ter essa “limpeza” controlada. Mas conforme o avanço da idade, esse controle perde a eficiência gradualmente e os processos inflamatórios se tornam mais fáceis de acontecer.

 

No estudo, Furman explica ainda que a maioria das doenças do envelhecimento são inflamatórias, como o diabetes, a hipertensão, os problemas cardíacos, o câncer, os distúrbios articulares e o Alzheimer.

 

De acordo com a pesquisa, a cafeína muda esse cenário. “Pessoas que, em média, bebiam cinco xícaras ou mais de café por dia apresentaram níveis extremamente baixos na atividade desses genes associados aos processos inflamatórios. Ou seja, a cafeína inibiu esse circuito, desligando ou retardando o caminho inflamatório”, concluíram os pesquisadores.

 

O objetivo dos cientistas não é desaparecer com cada vestígio de inflamação, pois ela continua sendo um efeito de defesa importante do organismo. O próximo passo planejado pela equipe de Stanford é investigar o sistema imunológico de mil pessoas.



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