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Autonomia: por que seus colaboradores estão implorando por isso e como atendê-los?

 

Você sabe o que é autonomia? De acordo com o filósofo Immanuel Kant, autonomia é “a capacidade da vontade humana de se autodeterminar segundo uma legislação moral por ela mesma estabelecida”. Ou seja, é gerir a si mesmo, de acordo com as suas normas, visões e prazos.

 

No trabalho não é diferente. A autonomia no ambiente de trabalho trata da autogestão dos colaboradores, da voz e do poder de decisão à equipe, permitindo que eles possam desenvolver a capacidade de administrar a própria rotina, os prazos e a ordem das tarefas. 

 

Ela também está relacionada com incentivar o profissional a ser inovador, a pensar fora da caixa e a fazer as tarefas de formas diferentes do usual para se atingir um resultado melhor ou um objetivo diferente.

 

Porém, vale lembrar que dar liberdade ou autonomia não é simplesmente delegar tarefas ou dividir a responsabilidade, porque nem todos estão preparados para isso. É importante auxiliar, treinar, ensinar, para que os funcionários estejam prontos para assumir seus próprios desafios.

 

Por que a autonomia no trabalho é tão importante?

 

Garantir a autonomia dentro da organização é essencial e está cada vez mais entre os principais fundamentos para melhorar a atração e retenção de talentos, assim como melhorar o entrosamento entre as equipes e o engajamento dos colaboradores. Além disso, dar autonomia é uma estratégia importante para a gestão de pessoas e o desenvolvimento profissional de cada funcionário. 

 

De acordo com pesquisa realizada pela empresa de recrutamento especializado Page Talent, 58% dos profissionais brasileiros têm mais facilidade em desenvolver as tarefas de forma independente, destacando, ainda, que com mais autonomia no trabalho eles podem atuar com mais eficiência.

Colocar essa ideia em ação ajuda a aumentar a produtividade e a destravar capacidade criativa, além de proporcionar um maior engajamento entre a equipe e melhorar os resultados da empresa. Porém, esse resultado leva tempo, e o desafio de dar liberdade para os funcionários exige paciência e cooperação de todos.

 

Nem sempre o colaborador irá acertar de primeira, como falamos acima. É preciso treinamento para que ele aprenda a gerenciar o tempo e as ações. Esses erros podem gerar alguns atritos e até custos extras, mas vale lembrar que as falhas acontecem principalmente em períodos de aprendizagem e que o líder precisa estar preparado para lidar com elas.

 

Além disso, deve-se deixar claro que a autonomia não pode ser confundida com atitudes ou decisões isoladas, sem consultar os demais, além de não cumprir os acordos e recusar ajuda. 


A liberdade é dada para que os profissionais tenham capacidade de estabelecer uma via de mão dupla nos relacionamentos de trabalho. Isso implica na possibilidade de falar por si próprio, ter iniciativa e tomar decisões, mas, também, assumir a responsabilidade para arcar com as consequências.

 

Como promover  a autonomia na minha empresa?

 

Existem diversas formas de promover a autonomia dentro de uma organização. Há, inclusive, consultorias especializadas nisso. Nós preparamos algumas dicas que irão te auxiliar nesse caminho, em direção à liberdade dos seus funcionários, e se colocadas em prática, irão facilitar o processo.

 

 

  • Estabeleça metas tangíveis 

 

Pensar em metas e objetivos que sejam alcançáveis é uma boa forma de começar a dar autonomia aos colaboradores. Essas metas serão usadas para que eles tenham um norte de onde devem chegar, podendo escolher o caminho que preferirem. 

 

Deixe que eles pensem em como deve ser o planejamento de tarefas e o desenvolvimento profissional para que os objetivos sejam alcançados e use as metas como indicadores. Mas lembre-se de acompanhar de perto todo o processo, para que eles não se percam pelo caminho, prejudicando os resultados finais. 

 

 

  • Treine os líderes 

 

Não só os colaboradores precisam ser treinados para que haja uma boa performance na autonomia. É importante que haja também um treinamento para os líderes ou gestores das equipes.

 

Ter constantes intervenções da liderança pode impactar na liberdade do funcionário e gerar falta de motivação, além de reprimir a criatividade. É necessário que o gestor aprenda a lidar com esse novo aspecto e consiga observar e gerenciar a equipe sem impactar a gestão pessoal de cada um.

 

Mostrar confiança no trabalho e no planejamento de cada subordinado, saber dar feedbacks e entender as necessidades e falhas deles é fundamental para alcançar uma boa performance e bons resultados, além de funcionários mais motivados, autônomos e satisfeitos.

 

 

  • Estabeleça uma comunicação clara

 

Ter uma comunicação transparente com seus colaboradores também é um passo fundamental para que a autonomia dos funcionários funcione bem dentro da organização. Permita que eles exponham as ideias e as considerações e que tomem as decisões com a equipe. Quando um colaborador é ouvido, ele se sente mais respeitado dentro da função, dessa forma, irá se empenhar muito mais para honrar o compromisso com a empresa.

 

Além disso, também é necessário atentar para que eles estejam abertos às críticas, pois nem sempre os feedbacks serão positivos. Assim como a empresa deve estar aberta a escutar, da mesma forma, eles também precisam estar. Ensiná-los a ouvir e internalizar críticas construtivas é fundamental para seu desenvolvimento profissional.

 

 

  • Estimule o espírito de liderança 

 

Nem todos os profissionais têm perfil para serem líderes, mas, muitas vezes, alguns colaboradores têm essa característica e não sabem, ou não a exploram. A autonomia pode ser uma boa ferramenta para ajudar neste ponto.

 

Um ambiente livre dentro da empresa ajuda a incentivar a liderança e vice-versa, é um trabalho em conjunto que pode ajudar a equipe de Recursos Humanos ou os gestores a enxergarem futuros líderes dentro da organização.

 

A falta da autonomia dentro da organização pode causar desmotivação e falta de engajamento. Por isso, é importante dar aos colaboradores a oportunidade e as condições para eles conquistarem a independência e, assim, melhorar a satisfação deles com a organização.



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